Cinco razões para o Jeep Renegade 4x4 trocar o motor diesel pelo flex

Ainda não assimilou por que a Stellantis resolveu substituir o propulsor 2.0 MultiJet pelo 1.3 GSE T4 nas versões com tração nas quatro rodas? A gente te explica
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20.12.2021 às 16:53 • Atualizado em 29.05.2024
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Ainda não assimilou por que a Stellantis resolveu substituir o propulsor 2.0 MultiJet pelo 1.3 GSE T4 nas versões com tração nas quatro rodas? A gente te explica

A troca do velho e limitado propulsor 1.8 E.torQ de 135/139 cv e 18,7/19,2 kgfm (G/E) pelo 1.3 GSE T4 de 180/185 cv e 27,5 kgfm na gama do Jeep Renegade era algo ansiosamente aguardado por muitos. Ela está confirmada na virada para a linha 2023 do SUV.

No entanto, a decisão da Stellantis de também substituir o motor 2.0 MultiJet turbodiesel por uma inédita configuração que unirá o propulsor turboflex de 1,3 litro ao câmbio automático de nove marchas da ZF, com tração 4x4, soou estranha para muitos. Ela comporá as duas versões de topo do modelo renovado, Trailhawk e S.

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Ainda não assimilou por que a Stellantis resolveu substituir o propulsor 2.0 MultiJet pelo 1.3 GSE T4 nas versões com tração nas quatro rodas? A gente te explica

Como já contamos em nossa avaliação do novo Renegade com a inédita combinação de trem de força, o desempenho do novo Renegade 1.3 turbo 4x4 em relação ao antecessor não foi reduzido, pelo menos não na aceleração de 0 a 100 km/h e em provas de off-road com nível intermediário.

É claro que a redução de quase 8 kgfm de torque será sentida, especialmente em trilhas mais pesadas, assim como a robustez do propulsor a diesel fará falta na hora da manutenção. Pelo menos a potência aumentou em 10 cv, enquanto o peso foi reduzido de 1.674 kg para 1.643 kg.

Mas, afinal, por que o Renegade reestilizado não terá mais versões a diesel e apostará todas as fichas no 1.3 turboflex, mesmo que na opção com tração nas quatro rodas? A Mobiauto elencou cinco razões. Confira:

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1) Nova legislação de emissões

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Com o Proconve L7, nova etapa da legislação sobre emissões veiculares que entra em vigor no Brasil no ano que vem, muitos modelos terão de ter suas motorizações atualizadas. Foi por isso, por exemplo, que os novos Jeep Compass e Commander turbodiesel receberam tanques de Arla 32. A Toro 4x4 terá que passar pelo mesmo se quiser se manter viva no ano que vem.

Já no caso do Renegade, a Stellantis optou por outro caminho. Por ser um modelo mais barato e de pegada mais popular, muni-lo de um motor 2.0 a diesel com Arla 32 talvez gerasse mais confusão e problemas na comunicação com os consumidores. Daí o trunfo de usar o propulsor 1.3 GSE T4, de 180/185 cv (G/E) e 27,5 kgfm para preservar o item 2.

Leia também: Jeep Renegade: cinco coisas que queríamos que mudassem no SUV

2) Manutenção do "DNA Jeep"

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O Renegade pode até ter fama de manco e pouco valente, mas a Jeep se esforça para preservar o DNA de fabricante de SUVs “raiz”, dotados de tração 4x4 e DNA lameiro em pelo menos em parte das versões. Portanto, a configuração 1.3 turboflex AT9 4x4 foi uma solução inteligente para atender o Proconve L7 sem matar o Renegade 4x4.

3) Redução de custos

O propulsor MultiJet de 2 litros vinha importado da Europa. Já o GSE T4 é produzido em Betim (MG), o que significa uma boa redução de custos para a Stellantis. Tanto que a empresa promete vender as novas versões 4x4 do Renegade 2023 a preços mais módicos do que o SUV atual com tração nas quatro rodas, que custa de R$ 160.000 a R$ 180.000. 

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4) Baixo volume vendas

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O Renegade a diesel respondia atualmente por cerca de 10% do volume de emplacamentos do SUV. A Stellantis não pretende aumentar o percentual com a nova configuração 4x4 turboflex, longe disso, mas, já que é para ter uma configuração de nicho na gama, que seja com um motor mais barato e de produção nacional.

5) Posicionamento mais nichado

Não apenas o novo Renegade 4x4 1.3 GSE terá uma atuação mais nichada, mas sim toda a gama do SUV. A ideia da Stellantis será enxugar as versões e aglutinar os preços, hoje espalhados por uma ampla faixa entre R$ 95.000 e R$ 180.000.

O Renegade 2023 deve ser posicionado entre R$ 120.000 e R$ 160.000. Com isso, não atrapalhará as vendas do Fiat Pulse, que acabou de chegar. Aos poucos, ele assumirá o papel que um dia foi do Compass flex. Este, por sua vez, assumirá de vez uma faixa mais próxima dos R$ 200.000.

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